dezembro 25, 2007

:O Lusitano (2) :

E assim foi, por uns meses que aquilo era a moda do porto; ir ao Lusitano era chique e os casais “bem” heteros e respectivos grupinhos invadiram aquilo, pela moda gay impulsionada pela TV (de repente ter um amigo gay passou a ser uma coisa muito gira!).

Hoje, ao sábado o Lusitano é mais uma disco gay, de bixas velhas e sozinhas á procura de bixas novas, de bixas velhas acompanhadas de bixas velhas, de bixas velhas a querer parecer novas, de bixas intelectuais a criticar as outras bixas, e de bixas novas em grupinhos armadas em meninas de liceu (aliás, são estas que invadem aquilo á tarde, a andar de um lado para o outro a rir com a mais recente mensagem de telemóvel…quando aquilo está aberto de tarde na esperança de ser um café acolhedor).
O lusitano tenta até ser muita coisa: um café de tarde, um restaurante à hora de jantar e uma discoteca á noite. A parte do restaurante é interessante: pouca gente lá janta, e o cliente mais habitual é a bichosa sócio-gerente, coisa castiça! Um quarentão esguio, efeminado e de cabelo castanho claro; quem “a” quiser ver é passar lá após as 8h00 e vê-la a chegar de ar atarefado, a cumprimentar os empregados e as tias amigas (quando a esperam), a andar de um lado para o outro armado em dona de casa que chegou á sala de estar e depois sentar-se e ser servida pelos empregados a desfrutar do seu manjar…calma e serena. Depois entram clientes, ainda o bar está quase vazio, e vêm aquela madame a jantar e o sentimento é o de ter chegado à sala de estar de alguém.
(continua)

1 comentário:

Anónimo disse...

Tanto ódio... E tanto tempo livre nas mãos...

Será assim tão complicado deixar de odiar?