março 23, 2008

: shows gays(4) :

Continaundo a falar de shows days, falta o moinho, onde a coisa consegue ser mais sinistra. È preciso falar de uma personagem: o ex-empregado do café di Roma. Um rapaz alto e até giro, que resolveu também fazer show e ser gaja…e é uma comédia! – é demasiado masculino e encorpado, e tem uma cara redonda e poderosa onde, vestido de gaja, parece aquela tia trintona mais velha e gordinha, a renegada e maldosa da família.
E foi uma novidade não esperada, porque o rapaz até namorava com uma bichinha teenager mais baixa que ele com ar de fã de britney spears e de lenços ao pescoço…não sei o que lhe deu. Era comum ele estar no moinho a beijar a bichinha, e já eram namorados na altura em que ele trabalhava no café di Roma, de resto, um dos piores cafés da baixa: mau serviço, caro serviço, mau ambiente, arrogância dos empregados…no entanto, tornou-se num ponto de paragem de gays.

março 01, 2008

: shows gays (3) :

No Pride, o show também não varia muito. Agora até está mesmo nos píncaros do ridículo… Parece que a gerência está apostar em toda a bichinha nova e louca que se quer sentir a Madonna por uns momentos.

As pessoas que dançam variam, temos duas gordas (a conhecida e pindérica Mastroianni, e a gorda porcalhona Preciosa, conhecida por ir com qualquer coisa que se mexa...). Esta segunda anda ultimamente desaparecida. A primeira, faz os seus numerozitos sem nada de relevante assinalar e encerra depois o show com o discurso (mas mais devia estar calada..):


“Olá putas, tudo bem?”; “ Eu sou activa e passiva ,mas há muita bixa que só faz uma coisa!”; “Adoro-vos a todos, adoro o meu trabalho e os patrões” (isto convém ser dito…”); “Tas olhar para onde puta?”; ”Ui, tou rodeada de invejosas!; “Ai, eu e a puta da preciosa estivemos no camarim e estamos todas pedradas”; “Nós somos umas putas!”.

E fica nisto, até que percebe que não tem piada nenhuma e faz o comentário do costume: “E pronto, vamos continuar a noite. Já sabem que show de travesti tem que ter picante, porque sem picante não mete piada!”

E pronto, depois apresenta as coleguinhas, e vem tudo ao palco. Tem uma alta feiosa armada em boa, que ainda não percebeu que fica mal de mulher e que, se os gajos que lá estão gostassem de gajas, iam gostar das originais… E tem os miúdos, todos feiíssimos: umas coisas que se vestem de gajas, que só sabem dançar músicas da Britney Spears e da Madonna. Magrinhos, sem mais de 1,70m, escazelados, todos com ar da ribeira, com ar de saídos de uma ninhada de filhos subnutridos.
E parece que tem uma paranóia comum com a Beyonce, porque juntam-se os 3 para fazer números dela.
Fofos: ide para a escola; não é a dançar frente ao espelho que ides ser alguém na vida, mas a estudar…

: shows gays (2) :

Bem, a questão dos shows gays. Servem para?

No boy’s, temos um tríptico que anda sempre á volta do mesmo. Cada um dá corpo a 2 músicas, e os números tem a seguinte ordem: primeiro vem uma com uma música pimba espanhola qualquer, e na segunda musica veste o fato justinho de ginástica para uma música dance meio aeróbica.

Depois, um miúdo novo, um dito dragqueen, que pega sempre nas músicas do momento e faz uns números por vezes potentes – de todos os shows que vi é, de longe, o que revela melhor gosto e deixa alguma curiosidade pelo que irá fazer a seguir...embora nem sempre surpreenda.

Depois temos uma coisa que nem sei bem explicar: tentem imaginar um velho gordo, baixo e feio, nada feminino e cinquentão, vestido ora de menina pastora a cantar musicas infantis, ora de peixeira chique a cantar fado, ora de capuchinho vermelho a cantar sei lá o que….è ultra cómica, e permite umas boas gargalhadas. No fim quando vai falar, depois do show, não se percebe absolutamente nada do que diz…mas ele manda as piadas e ri-se sozinho delas. E quem houve não percebe nada mas ri-se também daquela voz da qual não se percebe nada e que parece de um quarentão numa feira tentar vender panos de cozinha através de um megafone…

fevereiro 03, 2008

: Shows Gays :

Pergunta: para que serve um show num bar gay?
Hum?

Hipóteses:
1) Para fazer o pessoal parar de dançar e ter de olhar para as aberrações dançantes?
2) Para o pessoal que não quer ficar até tarde pensar “ok, chegou o show, vamos bazar…”?
3) Para o pessoal estar a contar as músicas e antes da última fugir á fila de pagamentos?
4) Para o pessoal se dispersar e quem estava a trocar olhares com alguém perder o alguém de vista?
5) Para termos pena das coisas que dançam e darmos uns aplausos forçados?
6) Para nos rirmos um bocado da futilidade?

Bem, servirá para isto e muito mais.
O ridículo faz parte da vida, e sem ele não poderiam as pessoas de intelecto superior ter motivos para se deliciarem um pouco, com as idiotices da bichice comum…

fevereiro 02, 2008

: Pride Bar :

È o mais recente bar-discoteca assumidamente glbt no Porto. Junto ao Marques, é um espaço onde o ambiente varia muito. Inicialmente odiei o lugar, depois odiei ainda mais, agora olho para o Pride como uma coisa curiosa, para experimentar de longe a longe.

Tem um aspecto demasiado de subúrbio, de discoteca sem gosto e de gente rasca, daí o desagrado inicial; tem a vantagem de ser o mais amplo espaço entre todos os bares gays no Porto. Gunas, travestis e gente de bairro são o mais abundante, a par de brasileiros gays e e gajos sozinhos ou com fetiches por transsexuais. Raramente tem alguma coisa que se aproveite, a não ser algum curioso perdido, com aquele ar de macho de subúrbio perdido e meio zombie naquele cocktail molotov ( para quem tudo começa a olha e espantam o macho, que nunca mais volta - o que é uma pena).

Tem um publico muitofiel, e quem frequente encontra sempre caras repetentes. Tem talvez um ambiente demasiado erótico, ora veja-se o empregado do primeiro bar, qual rapaz musculado tirado das obras, qual grunho, sem jeito para as bebidas e sem saber sorrir. Ou a bicha agora contratada para o balção de artigos eróticos dentro do pride: o rapaz nem é feio, mas mais feminino ficou depois de se tornar loiro…era uma figura certinha todos os sábados, dentro da calcinha branca para melhor mostrar o rabinho…ar de fútil.

O Pride ganhou notoriedade pelas iniciativas tipo “noite árabe”, “noite romana”, “noite com strip”, etc…o que não deixa de ser engraçado e claramente positivo. Como todos os outros, tem show, talvez o mais variado de todos os espaços.