janeiro 21, 2008

: O Lusitano (4) :

Para fechar-nos este ciclo, leitores, só falta falar de quem encabeça todo este leque de personagens do Lusitano, temos uma cabeça grande e careca, do todo-poderoso e misterioso Sr. Conde…não sei quem lhe pôs o nome, mas é assim conhecido. Um homem quarentão, de escuro nos casacos de pele no Inverno e de camisa aberta no peito depilado cheio de colares no verão. Assim um ar de à “emigrante poderoso meio efeminado de bem na vida” - só que nem emigrou nem é dono de uma cadeia de supermercados em França; é antes o homem à frente de alguns dos espaços nocturnos mais vigorosos no Porto. Industria, a discoteca na periferia, depois o Lusitano, no centro da cidade.

À semelhança do sócio gerente, o Sr.Conde também faz do Lusitano o seu espaço, ora convidando as amigas para os eventos (com direito a mesas reservadas), ora convidando as tias que surgem aperaltadas para saber coisas do futuro, nas noites dedicadas ao Tarot. Basicamente, por vezes parecem que se esquecem de que eles vivem é do consumidor comum…e até os empregados esquecem isso. Quando chega um dos gerentes, parecem todos uns borra-botas a tentar ser perfeitos nos serviços às altezas. Como eu adorava que um bar melhor abrisse mesmo na mesma rua!

Fontes dizem-me que a gerência do Lusitano está também envolvida dos mais recentes Plano B e Rosa Escura. Ou seja, eles estão a dominar a cena toda de bares na zona alta da baixa portuense. E a necessitar urgentemente de concorrência, não se vão achar donos de tudo e todos. A baixa está a precisar de vida, e eles estão na mó de cima da coisa. A fazer dinheiro são máquinas, sobretudo o Lusitano…ou ainda ninguém reparou na registadora (que não regista…) que fica à saída, para pagamentos nas noites de fim-de-semana? Pois…